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Original para a Internet

Andar “na vereda da Verdade” é vida eterna

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 9 de abril de 2024


No início de minha prática pública na Ciência Cristã, recebi um telefonema tarde da noite, perguntando se eu poderia orar por uma senhora (Cientista Cristã) que estava semiconsciente e delirando. Concordei e comecei a orar para compreender mais plenamente que Deus é a Vida.

A primeira coisa que precisei fazer foi desafiar o pensamento temeroso de que ela estaria à beira da morte, e de que de alguma maneira eu precisava salvá-la por meio da oração. Fiquei grata por ter aprendido que os estudantes da Ciência Cristã não oram avaliando a gravidade dos desafios que o paciente está enfrentando, nem analisam o problema. Nós oramos para deixar que Deus amplie nossa compreensão de que Ele é Tudo-em-tudo. Assim conseguimos ver que Deus é a única “questão” envolvida na cura. Mary Baker Eddy afirma, no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “É nossa ignorância a respeito de Deus, o Princípio divino, que produz aparente desarmonia, e compreendê-Lo corretamente restaura a harmonia” (p. 390).

Então orei até estar plenamente consciente de que Deus é a única Vida e de que aquela senhora era a expressão inabalável da Vida. Depois fui dormir.

Pela manhã, recebi um telefonema avisando que aquela senhora estava completamente alerta, sentada na cama, tomando com calma seu café da manhã. Havia enfermeiras da Ciência Cristã cuidando dela. Combinei de ir visitá-la ainda naquela manhã.

Ao entrar no quarto, encontrei uma adorável senhora de cabelos grisalhos que me perguntou, sem rodeios, se eu era a praticista para quem haviam telefonado na noite anterior. Respondi: “Sim, sou eu!”, com toda a segurança que consegui mostrar. Então, ela me ordenou que fosse embora! Disse-me que estava na décima década da vida, que o marido e todos os amigos já haviam morrido e que ela quisera morrer.

O que saiu de minha boca, em seguida, surpreendeu a nós duas: “Você achou que eu estava orando para mantê-la viva? Orei para compreender que Deus é a Vida e eu não posso ser responsabilizada pelo que isso significa”. Ela riu e me convidou a sentar.

A seguir, tivemos uma troca de aprendizados — um imenso transbordar de ideias inspirativas sobre o que nós duas estávamos aprendendo com Deus, a respeito da Vida e de nossa eterna coexistência com a Vida. Algumas semanas depois, recebi a notícia de que ela havia falecido de maneira tranquila e serena.

No dia em que ela faleceu, orei para manter em mente o domínio e a continuidade de seu andar “na vereda da Verdade, tanto antes como depois daquilo que se chama morte”. A passagem completa de Ciência e Saúde diz: “A Vida é imorredoura. A Vida é a origem e a realidade suprema do homem, e a ela nunca se pode chegar pela morte, mas sim andando na vereda da Verdade, tanto antes como depois daquilo que se chama morte” (p. 487).

Cada vez mais eu oro para compreender, de pensamento em pensamento, como andar “na vereda da Verdade”, em vez de simplesmente me manter viva em uma história mortal. Este é meu trabalho diário: permanecer consciente de que Deus é a Vida e que, como lemos na Bíblia, “…o pendor… do Espírito [dá] para a vida e paz” (Romanos 8:6).

Será que isso significa que não importa se morremos, e por isso simplesmente consentimos que aconteça, pois sabemos que não é o fim? Não! A crença na morte não é nossa amiga. “Andar na vereda da Verdade” expande nosso senso de que a Vida é Deus, não um mero prolongamento da linha humana do tempo. Usar a oração apenas para repelir a morte não é “andar na vereda da Verdade”, é algo completamente diferente. Que coisa terrível é pensar que estamos em uma esteira rolante, a partir do nascimento, passando por capítulos e eventos (alguns bons e outros ruins) e terminando com um empurrão para o desconhecido. Se continuamos no senso de vida na matéria, lutando para “ganhar o jogo”, em algum momento acabamos enfrentando o fato de que a matéria, ou seja, a mente mortal, é a que estabelece as regras do jogo.

A morte não é o destino que a Vida, Deus, estabeleceu para nós, ou para qualquer pessoa, e Cristo Jesus provou isso em sua triunfante vitória sobre a sepultura. Sua ressurreição e ascensão mostraram como ele alterou o plano material ao andar com Deus e exercer domínio sobre os próprios pensamentos. Ele rejeitou completamente a alegação de morte, e demonstrou a Vida eterna. Também nós podemos começar a enfrentar a crença na morte, não importa em que momento ou idade aparentamos estar. O pendor do Espírito traz longevidade, força, propósito e domínio para todas as facetas de nossa experiência humana.

Em 2022, em uma viagem à Terra Santa, pude progredir ainda mais na compreensão de que Deus é minha força e vida. A oportunidade de fazer essa viagem de estudo sobre a Bíblia surgiu no último minuto, e eu não tive tempo de treinar para caminhadas de longa distância, então estava um pouco receosa quanto à minha capacidade de acompanhar os outros. (Iríamos cobrir muito terreno.) Mas uma amiga Cientista Cristã a quem expressei minha preocupação olhou-me bem nos olhos e disse: “Nunca aceite esse pensamento. Você é a ideia ilimitada de Deus e pode fazer tudo o que Deus lhe der para fazer!”

O que mais apreciei nessa firme, porém amorosa repreensão, foi que me fez lembrar de que eu era livre para andar com Deus em cada pensamento. É isso que me sustenta, e um corpo supostamente envelhecido não poderia impedir-me de expressar essa liberdade e domínio.

Foram longos dias de caminhada que incluíram trilhas montanha acima, além de uma aventura de vários quilômetros no lombo de um jumento. Fiquei muito feliz ao constatar que estava conseguindo acompanhar a todos com facilidade, e às vezes até ficava à frente da turma. Mas o melhor de tudo é que fiquei muito grata por sentir que estava obtendo mais e mais clareza sobre o que significa “andar na vereda da Verdade”. Quando voltei da viagem, aproveitei os feriados com muitas visitas a familiares, além de passar uma semana cuidando dos netos.

A definição de morte no Glossário do livro-texto da Ciência Cristã diz, em parte: “A carne em guerra com o Espírito; aquilo que se agita para se libertar de uma crença, apenas para ser acorrentado por outra, até que toda crença de haver vida, ali onde a Vida não está, ceda à Vida eterna” (p. 584). Em vez de nos afligirmos com uma preocupação após outra, ou procurarmos validação na matéria, podemos começar a andar na vereda da Verdade agora mesmo, apenas procurando deixar que Deus nos dê os pensamentos corretos, assim como Ele os deu a Cristo Jesus. Isso nos liberta do medo da morte ou da vontade de morrer. Permite-nos abandonar a “crença de haver vida, ali onde a Vida não está” e avançar aqui e agora “cedendo à Vida eterna”.

É natural, quando adoramos a Deus, a Vida, que essa compreensão cure doenças, traga força e liberdade à idade avançada e conduza a um destemido domínio. Mas, o mais importante, além de todo esse benefício considerável, é tomar posse da Vida eterna agora, na qual desaparecem todas as dúvidas a respeito da morte e temos a certeza de que estamos andando na vereda da Verdade. Nossa vida é ininterrupta em Deus.

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